A madrinha é mesmo tolinha, tolinha, tolinha
Engana-se no caminho
Quer ir a Lisboa e acaba no Minho
No outro dia ia a Bucareste, via Budapeste
E em vez de Leste voou para Oeste
E acabou em Praga, uma cidade como nunca tinha visto
Encontrou uns olhos azuis numa boneca coquete,
Uma boneca princesa ou condessa, mas marioneta.
A quem perguntou se gostaria de conhecer uma menina bonita
Mas e ao meu Robin que faço eu?
Robin quem é – perguntei eu
Robin é o meu amado – ela respondeu
Mas a bonita menina falará contigo
Ver-te-á e dirá, ó que lindo vestido!
E o Robin agora onde está? Na floresta metido.
Ele não notará, vem comigo!
A condessa pensou e pensou
Sempre sonhou, mas nunca viajou
Mal não lhe faria, decidiu e o convite aceitou
Levei-a comigo ao hotel
Juntas fizemos as malas. A dela era de papel
E a minha estava cheia de mel
Para não me enganar no caminho decidi voltar de avião
Mas na correria perdi-lhe a mão
E ali ficou ela estatelada no chão
A condessa que eu perdi com a pressa
Teve que viajar por correio, ora essa!
Chegou amarrotada, irritada, toda avessa
Afinal a madrinha da menina
A tola madrinha
Esquecera-se dela maslevara-lhe a malinha
Viajou sem um único vestido
O que numa condessa nunca foi visto
Já viram isto?
Agora a condessa espera que
A tola madrinha da menina
A mande no próximo avião para Moçambique
quarta-feira, 12 de março de 2008
A tola madrinha
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