quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Opressão infantil

No outro dia a minha irmã pequenina explicou-me que já sabia ler. Sabia também que o E de Henrique era oprimido. Não podia deixar de rir, mesmo sabendo que o que ela queria dizer é que o ela queria dizer era que o H era silencioso.

Entre silêncio e opressão vai uma certa distância... ou se calhar até nem tanta.

Quando eu era pequenina a minha mãe disse que quando me mudei para o leste da Europa deixei de desenhar armas e soldados e passei a desenhar flores e pássaros, fadas e bardos.

Hoje recebi um mail com uma crianca a contar o que se deve fazer quando se apanha um ladrão. E com lustracões e tudo, publicado num jornal de grande circulacão, a crianca acha que se deve amarrar, bater e queimar...

Santos céus... que país é este que ensombra as mentes das criancas assim?

Venham as flores e os pássaros, as fadas e os bardos... há tempo para se descobrir que o E é oprimido pelo H silencioso!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Idade dos porquês

A minha bruxinha já mostra a sua essencia bruxuleante e um grande poder de imobilizacão... Ao terno camponês que a acolheu na sua cabana, que a adora, a teme, mas a deixa livre para explorar a sua unicidade... que a protegerá de toda e qualquer fogueira da intolerância e incompreensão segredo o mistério primeiro das bruxas:

Se tem idade de perguntar, tem idade para saber a resposta!

Apenas os humanos ingénuos temem a frontalidade, honestidade e transparência. Há sempre uma maneira de responder sem nos sentirmos imobilizados, e acima de tudo sem ter que mentir. As bruxas topam a mentira a milhas... e odeiam-nas profundamente. Acima de tudo preferem o silêncio a serem tomadas por idiotas. Mesmo que elas ainda não tenham descoberto as respostas, em breve saberão, e quando as souberem não gostarão de terem sido enganadas.

E o terno camponês que cuida da minha bruxinha sabe, já sentiu provas que não há nada pior que o olhar crítico e o silêncio de uma bruxa desapontada. O que o safa é o único antídoto capaz de render os poderes de qualquer bruxa inúteis: o seu amor incondicional.

Relaxa doce camponês: a bruxinha te ensinará que tudo é sempre mais fácil do que aquilo que imaginas. A humanidade é que insiste em complicar sempre tudo. Se perderes um pouco da tua humanidade verás que serás uma pessoa mais solta, mais feliz, mais sorridente.

Que privilégio o teu de poderes aprender isso diariamente!